sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Grupo no facebook e uma grande piada pronta!


   O jornalismo musical brasileiro vai mal, e isso não é uma opinião isolada. É também a opinião de alguns jornalistas (??) e praticamente unanimidade entre músicos, artistas e produtores. No caso, gente que realmente sente e faz música ao invés de só falar e opinar sobre ela. Mas é curioso perceber que o momento em que vivemos tirou muita força e centralização dessa opinião "especializada" e passou a ter igual (ou até maior) importância a opinião de quem consome música por prazer, e não quem o faz procurando cabelo em ovo.
   Venho acompanhando muito do que se diz na mídia, especialmente pelo reconhecimento em torno do trabalho que produzi junto aos grandes amigos Criolo e Marcelo Cabral. Tenho um orgulho fudido de estar fazendo parte dessa movimentação que está finalmente alcançando um outro patamar sem sequer o consentimento das grandes gravadoras e das rádios - os grandes vilões da minha geração. O mais legal disso tudo é que existe um grupo de artistas na mesma situação e, comprovando minhas palavras, eu nem preciso citar os nomes. Eles estão por toda parte, o tempo todo.
  O fato é que o enfraquecimento de dentro pra fora desse jornalismo musical tem gerado um discurso rancoroso e muitas vezes irresponsável por esses que se julgam os grandes entendedores de música no Brasil. Até entendo essa situação pois como produtor musical, também vivi momentos bem estranhos com essa quebra de paradígmas do mercado, e tive que reavaliar minhas formas de trabalho e pensar como continuar fazendo música sem ser obrigado a fazer trilha pra vender sabonete. O cuidado que tenho em relação a isso tudo é de não cuspir no prato que comi, e também respeitar a forma de trabalho dos meus colegas.
Sei que não sou nenhum exemplo no que diz respeito a críticas. Tenho sim a língua afiada e já me vi em diversas situações desconfortáveis por conta disso. Tento sempre reconhecer meus erros, mas tenho a frente do meu discurso um amor incondicional pelo trabalho que realizo. Um amor pela música, acima de tudo. Se falei merda e desrespeitei alguém, peço sinceras desculpas.
O que me motivou a escrever esse texto foi alguns absurdos que li numa comunidade fechada da extinta revista BIZZ (símbolo do "jornalismo preguiçoso e baseado em polêmica" apontado pelo Rodrigo Amarante em  entrevista webhit no you tube), onde alguns jornalistas e entusiastas atacam tudo e todos, e se auto-exaltam numa masturbação textual sem limites. É como um "caso Ed Motta parte 2", sendo que o próprio Ed foi extremamente condenado pela mídia quando caiu naquela armadilha das redes sociais. Tem até umas discussões sobre rap que por si só, merecem um post a parte tamanha ignorância. Na verdade, não fiquei exatamente surpreso, exceto por constatar que alguns dos comentários mais sensatos eram do André Forastieri (!!!). De fato, alguns ali estão literalmente esperneando em busca de algum lugar - em qualquer lugar - mas a falta de responsabilidade nas declarações é tamanha que deixa toda essa situação de desespero muito nítida. De certa forma, vejo como uma aprovação do que estamos fazendo e vindo de quem vem, me supreenderia se acontecesse o contrário.
Para que não fique parecendo um ataque sem fundamento, me vejo no dever de divulgar alguns "grandes momentos" da comunidade, pois não é justo que só o alto clero tenha acesso a mentes tão brilhantes. Mantive o foco em frases de quem eu conheço o trabalho como jornalista, pois no geral, é tanto absurdo que não caberia no post. Destaque absoluto para os comentários recheados de humor, misoginia, homofobia, racismo e mentiras do meu grande fã José Flávio Junior, editor de música da revista Bravo! e curador do projeto "Prata da Casa" realizado semanalmente no SESC Pompéia.
Divirtam-se!
José Flávio Júnior Muita vergonha dos coleguinhas que estão ajudando a criar esse monstro chamado Criolo. A cena pop brasileira não recebia alguém tão pedante e poseur desde sei lá quando. Toda resposta é uma "lição de vida". Essa implicância com a brincadeira do Clemente foi de foder o cú da cobra. O cara lançou um disco nota 7,5 e já está sendo tratado como gênio da raça, acima do bem e do mal. Sendo que ele passou 20 anos como um rapper medíocre, sem que ninguém desse a menor pelota pra ele. Sendo que algumas músicas do Nó na Orelha são velhas pra cacete. Sendo que de Criolo ele tem só o nome - mas estrila se alguém pergunta o motivo dele usar essa alcunha. O Ganjaman deu um golpe de mestre: arrumou um Sabotage branco mas com nome de preto e com apelo junto ao mulherio e colocou a melhor assessora do circuito Augusta para trabalhar a marca na Folha e nos veículos da descolândia. Os jornalistas e publicitários brancos sempre estiveram no papo. Eu quero ver é depois da capa da Serafina. Vingar fora do mundinho é bem mais complicado.

José Flávio Júnior Um dia eu conto pra vocês as exigências que o Criolo fez para tocar no Prata da Casa. Senti falta das 500 tolhas brancas.
José Flávio Júnior Paulista não entende de música? Eu achava que era mulher que não entendia de música. Pelo menos nos 20 anos que frequento lojas de discos, só encontrei umas oito. Gay eu encontrei mais - mas geralmente comprando discos ruins.
Alex Antunes se as mulheres comprassem seus próprios discos, diminuiriam o valor das mixtape amorosas‎...e não teriam como fazer terrorismo nos divórcios :)))))
José Flávio Júnior Sei de um cara, chegado da turma do estúdio El Rocha, que quase apanhou do produtor do Criolo porque, no meio de uma discussão sobre o Nó na Orelha, virou-se para o garçom do boteco e ordenou "ME DÊ UM GOLE DE VIDAAAA..." Papo sério. O cara até mudou de país depois dessa.
Alex Antunes novo paulista de cu é rola. eu fui lá falar pro capilé outro dia: como é que o fora do eixo perde a iniciativa estética desse jeito? eu passo cinco anos repetindo "região norte" que nem um maluco pelo brasil inteiro, e nada. deu tempo pra pseudoelite paulista se rearticular e começar a se sentir à vontade pra cagar hypes de novo. e de repente esse povo fofo daqui começa a virar objeto de desejo em festival independente... é foda ou é bem-feito? "jeneci" é a cabeça do meu caralho :)))))))))))))))
José Flávio Júnior Mas que ela (Mallu Magalhães) está cantando cada vez pior não dá pra negar. Depois de engatar Flanders e Camelo, nem dava para esperar outra coisa. No novo disco parece que usaram até voz guia. Camelo é o produtor.
Alex Antunes e sepultura representa alguma coisa em alguma época, a não ser uns moleques brancos paranóicos querendo encher o saco?
José Flávio Júnior Queria deixar meus parabéns para o Helio Flanders. Achei que seria impossível ele aperfeiçoar ainda mais a técnica do ventríloquo triste. Mas, nesse disco novo do Vanguart, ele se superou. Claramente, gravou todas as vozes sem mexer os lábios ou qualquer músculo da face. Pena que o Reginaldo entra na faixa 8 articulando as palavras direito. Quebra a mágica do disco... Será que esse pessoal não tem amigos, não? Alguém para dizer "legal, cara, mas abra a boca na hora de cantar." Em vários momentos não é possível dizer nem em qual idioma ele está cantando. Podiam gravar em esperanto que daria na mesma. Foram 40 minutos de vergonha alheia hoje no meu carro.

Helder Maldonado  Nem havia motivo para preocupação. O Camelo sempre foi mais de tomar bifas do que de distribui-las por aí.

José Flávio Júnior Desde que voltou, o programa de parada da MTV não é definido por voto da audiência. Na real, nunca foi. Mas agora eles nem escondem isso.

José Flávio Júnior Duvido que quem se liga em Criolo "pela musicalidade" ou por ele ser "da-perifa-mas-com-traços-árabes-pau-grande-e-ser-melzinho-do-Caetano" vá parar no trabalho de outros manos contemporâneos. O Rashid está com mixtape nova e o Projota vai gravar DVD em Curitiba. Vamos ver quando eles serão capa da Serafina (se bem que tem uma "revista de direita" na cola deles). Esse hype do Criolo não ajuda o rap em nada.
José Flávio Júnior Tá rolando uma Máfia da Rua Augusta que é absolutamente nojenta. Uma rede de proteção que abriga Vanguart, Tiê e Tiago Pethit, que seriam "música boa" em oposição a NXZero, Restart e Monique Képau. Ninguém vai me convencer de que o primeiro time faz "música melhor". Basicamente porque tenho senso crítico e estético, coisa que anda muuuito em falta. Pelo menos na Máfia do Dendê tinha gente de fato acima da média. Já estou com saudade.
José Flávio Júnior Será que as pessoas um dia vão entender que tecnobrega não é para ser levado a sério?

53 comentários:

  1. Caraaalho...

    Certeza que esses caras foram criados com sucrilhos no prato....

    Vivem de falar mal dos outros, isso é jornalismo?
    Ganhar a vida com essa futilidade toda, falar mal das coisas sem produzir nada... Aliás, produzir textos preconceituosos, lamentável, e ainda querem falar mal... Mas é isso ai ENGOLE A RUA PLAYBOYZADA DO CARALHO... A raiva deles deve ser por isso, são obrigados a aceitar o sucesso dos manos... Parabéns Ganjaman, Criolo e todo mundo que VIVE NA ESSÊNCIA A RUA E O OS MOVIMENTOS ALTERNATIVOS.... E que esses pela sacos LIMPEM A BUNDA COM OS DIPLOMA DE JORNALISTA, na hora do assalto no farol não vale de nada....

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  2. curador do Prata da Casa... aff, que decepção

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  3. Parem de chorar e respeitem as opiniões alheias, apesar de divergentes. São tão chatos quanto os que estão criticando.

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  4. hey ganja! só uma ressalva. as frases não pertencem todas à mesma discussão. foram editadas juntas, mas partem de contextos diferentes - inclusives humorísticos. e provocativos, como no caso do meu "sepultura representa alguma coisa em alguma época, a não ser uns moleques brancos paranóicos querendo encher o saco?", onde eu estava tentando montar uma oposição sepultura vs. seu jorge, no mesmo sentido de uma famosa "trio mocotó vs. sigur ros". MANTENHA-ME FORA DA DISCUSSÂO SOBRE O CRIOLO, por favor, na qual até agora eu não opinei! estou tentando resgatar um texto sobre rap brasileiro que representa muito melhor o que eu acho. se conseguir, eu o liko aqui, ok? thanx. alex

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  5. CA-RA-LHO, na boa eu estou muito ingenua nao sabia que esse tipo de coisa existia, e logo eu que sou estudante de Jornalismo para atuar nessa area, por AMAR musica. Nao sabia que a coisa estava assim: fofoquinhas nojentas sobre a vida pessoal (e nao musical) dos artistas, etc. (Olha nem a Ti-Ti-Ti desce tanto o nivel.) Machismo dos mais pé de chinelo( vou queimar minha pequena - mas honesta- coleçao com 120 cds fora agora, como uma feminista que queima o sutiã haha). Eu achava que essa especie "pedante do pinto pequeno e lingua afiada" estava em extinçao há algum tempo. Tá explicado por que a revista faliu e tantas outras estão indo pelo mesmo caminho. Com essas opinioes acima de qualquer mero mortal, nao há quem resista.

    E ah, e hoje uma professora minha falou: "médicos acham que são deuses, o jornalista tem certeza" eu ri e pensei: "não é bem assim..."
    Agora vou me redimir: Nao é assim, é pior.
    (que decepção)

    Abraços.

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  6. Por favor, Alex. Posto aqui seu texto com o maior prazer.
    Está claro que não faz parte da mesma discussão e não alterei uma vírgula do que foi escrito. Gosto muito do seu trabalho (você inclusive escreveu o release do Instituto!) e te respeito como jornalista. O fato é que essa comunidade vai muito mal e é triste ver bobagens tão grandes saindo da boca de gente que considero inteligente e extremamente relevante, como é o seu caso.
    Estou aberto a discussão com quem tiver pra somar.
    Abraço,
    Ganja

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  7. ah e acho que eles andaram assistindo "Alta Fidelidade" demais...

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  8. valeu ganja. mas insisto: o contexto é tudo. vamos pegar meu chilique anti-sepultura: se você o descontextualiza de uma defesa do seu jorge, parece que eu enlouqueci, sacou? óbvio que eu sei que o sepultura tem um papel histórico. o que eu estava dizendo é que tanto a defesa acrítica da mpb quanto a defesa acrítica do rock é a mesma merda. se eu acho que a produção paulistana anda meio coxinha? acho mesmo (sem entrar especificamente na questão do rap, que é toda uma questao estético-psico-social à parte). mas creio que o ponto é muito mais o tom arrogante das declarações, né? bom, quanto a isso, elas estão sendo dadas em ambiente fechado, e não deveriam ser tratadas como manifestos públicos, certo? se você quer me foder, "quase" soltei uma piada de holocausto lá, é só procurar :))))))))) abreice

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  9. É alex... O que tá escrito, tá escrito. Fora de contexto ou não, a frase foi escrita por você. Inclusive, jornalismo em geral é cheio desss highlights fora de contexto e já me fudi por conta disso. Hoje penso duas vezes antes de falar ou escrever qualquer besteira.
    Não se pode cair no erro Ed Motta de considerar o facebook um ambiente fechado, mesmo num grupo privado. É sim um manifesto público e não uma conversa de bar. A prova disso é que bastou um copy/paste pra essas besteiras vir a tona. E é claro que não quero te fuder. Apesar de ter lido um monte de bobagem vindo tambem de você, te considero um grande diferencial nessa parada. Abs

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  10. O Sr. José Flávio Junior é titular de algum tribunal racial no Brasil? Quem é ele para dizer quem é branco, pardo, negro, criolo? E agora por conta dele todo mundo terá nome artístico e apelido de acordo com o tribunal? Manda a foto aí vamo ver se esse cara é criolo mesmo. (como se a foto do Criolo não estivesse estampada em tudo quanto é lugar). putz...

    Fora que o próprio assume a nota 7,5 do álbum Nó na Orelha. Ué, me conte aí mais 5 álbuns com esta nota no Brasil nos últimos anos. Difícil pacas! Dá pra contar nos dedos. É algo sim a se comemorar.

    Mas não. Pro Sr. José Flávio o tal rapper não é senão fruto dos meios de marketing, que com um álbum fuleiro 7,5 consegue abrir portas através do poder avassalador da grana...

    Não dá para detectar qual o ressentimento do jornalista. Será que perdeu espaço para algum dos seus? Será que é algo pessoal? De qualquer maneira deixa escapar o poder que entende ter sobre quem deve ou não deve fazer parte do burburinho. É muito ataque de pelanca né....

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  11. Ganja, infelizmente essa bússola desnorteada não é exclusividade do dito jornalismo 'musical', se estende por ele todo, apenas tomando formas diferentes em cada uma das suas áreas. Tá perdidinho, principalmente no que diz respeito à nova dinâmica de fruição de informações.

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  12. ganja, não tou reclamando de teres veiculado não, acho ok. mas uma comunidade do facebook é sim uma "mesa de bar" virtual. porque senão a gente corre o risco de exigir uma correção de declarações que não cabe exigir num ambiente fechado (ainda que não secreto) e às vezes eufórico e completamente irresponsável (o que não é ruim em si). se eu escrever um texto, ou for entrevistado, eu vou arrumar meu raciocínio de outra forma, provavelmente mais respeitosa, porque é da natureza da interlocução (a menos que eu queira causar). mas num grupo do facebook? hm. sinceramente, prefiro um mundo onde eu não tenha que me conter. eu achei a edição das frases maldosa. por exemplo, eu posso ser execrado por mulheres E rappers por uma frase em que parece que estou tirando sarro das mixtapes E das mulheres. mas, na vida real, eu posso fazer brincadeiras machistas ou mesmo racistas entre mulheres que me conhecem, ou meus amigos pretos, e eles entenderem o contexto. você é que editou? ou alguém te passou editado?

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  13. Amei. O jornalismo cultural anda tão subserviente às assessorias de imprensa, tão reprodutor de releases, tão sem opiniões próprias, que uma conversa de Facebook vira polêmica. Polêmica? Só para quem assumir textualmente que não entende ironia. Uma conversa de boteco virtual pautando manifesto que fala em rancor... Waal.

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  14. Mano, digo pra todo mundo, internet é RUA! Não se deveria fazer nela nada que não fizéssemos na rua. É mesa de boteco, com todo mundo pegando o bonde no papo alheio, descontextualizando, enfim, por isso opinião sem ser coxinha só em grupo privado. Criolo para mim é algo que está além da música. Acho que nem dá pra falar cara, tô louco pra ver o show aqui em Beagá. Música pra mim é momento, para ser sentida, ao vivo. Como fala o Gismonti, em tempos de auto tune, só creio no ao vivo...falei demais.

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  15. Alex. Realmente discordamos quanto ao teor público das afirmações. Continuo achando que quem escreve ali é por que quer que seja lido, quer influenciar. Certas frases que li, não escreveria nem por email pra meu melhor amigo, mas pra esse tipo de mal gosto, acho mais adequado as listas de email privada. É importante que vocês saibam que, no facebook, as pessoas quando convidadas para esses grupos não tem a opção de aceitar ou não. Você é automaticamente inserido na merda do grupo, isso torna tudo muito mais público.
    Fui eu mesmo que escolhi as frases e se você achar conveniente, posto aqui todo o contexto no qual suas afirmações foram disparadas. Já outras frases de outros autores não tem contexto que limpe a barra.
    Não quero brigar com ninguém. Só estou colocando o lado de quem é sempre questionado e nunca teve direito de questionar. Agora tem.
    Abraço!

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  16. O bom é saber que um álbum "Fuleiro" ganha nota 7,5, ou o kra pirou na batatinha ou não tira o cd do criolo do carro e ta revoltado porque nao teve o felling pra perceber que o Cleber é o cara.

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  17. não precisa postar, quem quiser solicita entrada no grupo e saca os contextos todos. só achei esquisito eu vir parar no blog do produtor do criolo sem ter entrado na polêmica. a citação das mixtapes até se relaciona com o assunto (apesar de ser 100% piada). mas... o sepultura? why? porém não precisamos debater isso, tudo ok. e é claro que quanto mais os artistas e os produtores falarem por si, melhor. CRÍTICA DE CU É ROLA :) sempre estive dos dois (ou três) lados da jogada. abreice

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  18. Beleza, Alex. Tudo certo.
    Só ressaltar dois pontos:
    - esse não é o blog do produtor do Criolo. Tenho uma vida antes desse disco e você sabe disso.
    - Esse post não foi para defender o Criolo, até porque ele permanece totalmente alheio a isso tudo, graças a Deus. A parada é com o meu comprometimento e com o que eu acredito.
    Abraço!

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  19. falou. claro que você tem uma vida antes, eu também :) é que eu tinha interpretado como uma reação à polêmica do criolo em si. abraço

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  20. Lamentável...

    Eu não entendo esse papo de crítico que fala uma pá de coisa depois sai falando que era brincadeira. Eu sou músico, eu não saio por aí tocando de brincadeira e não toco se não for à vera! Todos os meus trabalhos são pra ser levados a sério. Como assim? Um cara que ganha a vida pra falar de música e sai falando coisas de brincadeira não leva a sério a própria profissão e nem a dos outros.

    Alex, a cena paulistana tá coxinha? Certeza que você tá olhando pro lado errado. Procure saber, hein!

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  21. Acho interessante que isso gerou uma discussão saudável aqui fora.
    É claro que dentro da comunidade, o tópico ficou focado no fato das frases terem sido tiradas do contexto e nego continuou enaltecendo aquela mediocridade toda, mas como disse ateriormente, não alterei uma virgula do que foi escrito, e destacar uma frase no meio de um texto é tão típico de jornalista que eu não entendi a revolta. Vide o caso Soninha - EU FUMO MACONHA! - ou o mais recente da Sandy.
    Apesar de me arrepender (um pouco) de ter colocado o Alex Antunes nesse bolo (ele sim foi totalmente descontextualizado), acho muito medíocre por parte da classe criar um grupo em qua qualquer um pode fazer parte (basta ser convidado ou pedir pra entrar) e esses caras que são pagos pra escrever dizerem tamanhas bobagens sobre a vida das pessoas que nem estão lá pra se defenderem.
    Feito esse post no blog, fiz meus comentários dentro do grupo para vir a tona algumas injustiças, e as réplicas ficaram sempre em torno de "limpar a barra" perante os colegas. Uma defensiva triste de se ver.
    Não faço parte dessa grande bobagem. Se alguém quiser falar comigo, é só me procurar aqui fora, por que eu tô sempre na rua. Não me venha de papinho em grupo fechado de internet por que eu já passei da idade. Pra mim, isso é igual levar brigadeiro em festa, chover no molhado. Estou certo que essa discussão vai muito além, mas não tenho medo das pessoas lerem o que eu escrevo. Estou aqui fora para ser contestado, e também pra não ser descontextualizado.

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  22. O grupo da Bizz é uma corrida pra ver quem é o mais fodão. Fato. O menor ego alí é do tamanho de SP.

    Mas porra, é divertido pra caralho! E aberto pra quem quiser opinar. Mas geralmente ganha o mais troll, a melhor tirada. E digamos que quem caí no grupo é pq tá procurando isso mesmo. A comunidade do Orkut não era menos ácida...

    Em tempo: Só tem uma raça que ganha de jornalista no quesito EGO - os músicos.

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  23. O mais triste é a "cultura" de um país gigante se resumir a isso.

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  24. Como admiradora do trabalho de alguns artistas citados nos comentários, como mulher e como jornalista, me sinto envergonhada, enojada com os comentários que li.

    Estranho o porque o sucesso de um artista causa tanta ira, tanto incômodo,embora seja a minoria. Acredito que deve - se ao fato de uma parcela da imprensa e críticos musicais até agora não ter inventado nenhum rótulo que cole para o Criolo e aí ter que ficar batendo cabeça para tentar explicar aos seus míseros leitores o porque de tanto sucesso, o porque tanta gente baixou músicas na internet, o porque tanta gente comprou o cd, o porque tanta gente vai aos shows... Não foi o Criolo que descobriu o grande público, foi o contrário.

    Não dá pra ter sangue nas veias e não se indignar, seja fã, ou não, gostar ou não, a questão não é essa, é muito além, tem coisas contidas nos comentários que agridem homossexuais, negros, criolos, brancos, mulheres, pessoas. E isso, vindo de caras como José Flávio Junior, que se esconde atrás de textos editados de uma revista “conceituada” e revela-se um...

    E por favor, não subestimem tantas pessoas que foram tocadas pela música, pelas letras, pelo carisma, e SIM ! também pelo gole de vida, pela mensagem. Não é feio falar de amor, falar de Deus...
    E quer saber, eu não tô nenhum um pouco a fim de ler matérias sobre o Criolo, não quero saber a opinião da Folha, da Serafina, nem do Caetano, o qual boto fé pelo artista que é, mas não pelas suas indicações.

    Quero mesmo é escutar o cd do Criolo, no carro, em casa com a minha família, em festas com os meus amigos e principalmente assistir aos shows. Não quero compreender, desde quando arte se explica? Pieguice? Que bom. Pelo menos eu não tento explicar.

    Fez muito bem divulgar... qualquer pessoa no seu lugar faria o mesmo.

    Gill

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  25. Acho bobagem diferenciar quem é "rua" de quem não é.

    Mas nesse caso, onde o pedantismo por um ambiente fechado onde o que se diz não é o que se faz ou o que se é, onde não há cobranças entre fala e conduta fica clara a diferença ética entre os participantes do debate.

    Venho de um mundo onde se é cobrado pelas posturas que assume, e onde a sua conduta é somente uma extensão de suas crenças pessoais, e como admirador vejo o Criolo nesse mundo, sendo sua arte somente uma extensão do que se é. Sem mesa de bar, sem grupo fechado, sem mentir no bagulho.

    Ainda bem que esses jornalistas de música são só jornalistas de música, e não músicos, pois se dependessemos da arte de pessoas que se envergonham do que dizem, e que imploram por áreas privadas exatamente pela fala privada ser contraditória a conduta pública, estaríamos ainda na época das majors.

    E se for pra entrar na discussão em relação ao Cleber fica aqui minha defesa, há três semanas ou mais produzimos um show dele no SuperContra, lembro muito bem da excentricidade exigida no camarim: Água.

    Resumindo: Pode falar, mas sem arrastar, pois se arrastar, favela vai cobrar.

    Pedro

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  26. Isso aí é serviço prestado, meu bom, o resto é revista de fofoca. Belo post, urgente. Mesmo sendo parte da produção do disco do Criolo (o que lhe daria o primeiro motivo a defendê-lo) conseguiu desenhar bem a vibe dessa galera sem critério, desferindo esses impropérios num grupo fechado. Como vc mesmo disse, esse jornalismo que não lê nem ouve nada a não ser seus preconceitos deixou de ter tanta importância, acho que por isso eles foram ficando tão rancorosos e frustrados assim.

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  28. Engraçado ,depois de tudo os criticos se sentem ofendidos quando sao criticados,doi beber do proprio veneno???
    Ninguem e obrigado a gostar de ninguem,tambem "me convidei" para ingressar o "seleto" grupo da BIZZ e ler as piores asneiras que ja li nos ultimos tempos,tambem respeito o Alex,de outros tempos, acho uma figura unica,Agora mesa de bar? mesa de coxinhas,na boa tem alguns ali que merecem mesmo uma nota 5 na cara,5 dedos bem estalados no meio da fuça,pra criar vergonha,mas o grupo BIZZ foi util,me fez me interessar em conhecer todos os essas bandas artistas que esses coxinhas(a grande maioria,com excessoes),gostam ou odeiam,acho que nao perdi tempo nenhum em permanecer alienado ,nao vivemos nos melhores tempos musicais e isso é fato...Criolo é excessao,esta na frente em varios sentidos,mesmo assim ninguem é obrigado a entender,e gosto nao se discute,conheço varias pessoas do Rap e de fora do Rap que gostam e varias que nao gostam e algumas que gostam de apenas algumas faixas,mas mesmo assim ninguem é obrigado a entender uma obra por um todo,nao é para qualquer um,agora o ponto aqui nao é esse,é ética,Respeito é bom e mantem os dentes no lugar,açoes tem reaçoes,chegou o ponto em que esse jogo de micro-poder dos tais "formadores de opiniao" que brincam de "Deus" e levam desavenças pessoas para onde for para detonar alguem cansou,estamos no limite.Vao engolir do proprio veneno a caça as bruxas apenas começou...

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  29. eu acho que crítica tem que ser lógica. a partir do momento em que você está se dando o trabalho de escrever sobre o trabalho de uma outra pessoa, vc tem que ter alguns critérios para falar sobre aquilo que está na sua frente.

    Quando o assunto é música, os critérios são bem simples até: melodia, harmonia, ritmo, composição, criatividade...... evolução sobre os trabalhos anteriores, comparações com contemporâneos e coisas do tipo. Tem também o imponderável, aquilo que não se consegue explicar, e isso faz parte da opinião pessoal do cara que tá criticando..... mas isso não pode ser leviano.

    É difícil as vezes separar a "Criatura" do "criador". Mas é justamente essa responsabilidade que se deve ter. Se for pra criticar de forma negativa, deve ser amparado por critérios. E nunca é pessoal, até mesmo pq o jornalista de trás do seu computador nunca conhece de fato o artista. Pode ter entrevistado e tal, mas nunca conhece a fundo. Então, todo mundo com a sua responsa..... é o mínimo que podemos fazer.

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  30. Atire a primeira pedra quem nunca fez seus comentários ácidos em rodinha de compadres. Não vi nada de mais aqui tanto na bazófia dos jornalistas quanto no reclame do produtor. E, na real, que diferença faz?

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  31. crítica pela crítica, rancorzinho e mágoa sempre fizeram parte dos comentários jornalísticos sobre música. já ouvi professor meu contar caso de jornalista que assume em mesa de bar "dei nota 5 pra tal disco porque não gosto do fulano que canta". ainda bem que hoje a gente tem a possibilidade de conferir as coisas, de filtrar, de consumir diversas perspectivas sem precisar do aval de certo veículo de comunicação.
    outro dia falava sobre isso no Trabalho Sujo (que por sinal, foi de lá que eu vim parar aqui), as pessoas tão preocupadas demais em achar rótulos, conceituar as coisas, criticá-las de forma irresponsável só pra dizer que tem opinião sobre aquilo. as coisas tão bem além disso, tão bem distantes disso. o que me cansa é essa eterna picuínha de jornalista magoado, causador de tópicos homéricos na internet com um assunto nada a ver. que massa a tua iniciativa, Ganja, de expor isso aqui. até porque o que se tem discutido aqui tem mostrado o óbvio: o consumidor tá pouco se lixando pro que o jornalista diz ou pensa sobre tal coisa.
    além do mais, alex, responsabilidade não tira folga nem na mesa de bar.

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  32. O "Ganja" parece que ficou ressentido com o José Flávio Júnior falar mal de um 'produto' seu, no caso, o Criolo. Na minha opinião, um artista bem medíocre.
    Quer dizer, então, que não pode ter espaço para crítica no Jornalismo? Me poupem todos vocês! E vamos combinar que já 'tava' enchendo o saco essa idolatria com essa galera de Sampa ou que se mudou pra lá pra ser paparicado por uma imprensa bairrista e mais meia dúzia de 'pagapau'. Tá cheio de coisa melhor e mais autêntica por aí. Falo isso por BH mesmo, onde moro.

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  33. Opinião é uma coisa, burrice é outra. É difícil, mas não se deve opinar sobre o que se desconhece, muito menos de forma desrespeitosa.
    É lamentável ver um cara (José Flávio Júnior) desmerecer e ludibriar a correria de 20 anos do Criolo (nome artístico, se quisesse, o Raul Seixas poderia ter usado). Medíocre é quem esta na média e com certeza o Criolo sempre esteve acima dela mesmo antes de todo esse sucesso, sucesso também que não quer dizer nada, pois quem gosta de música corre atrás dela e 75% de que é bom não faz ou não fez sucesso.
    Se você não gosta de rap são outros 500, se você não gosta de mulher são outros 500, se você não se identifica com quem soma com a sociedade são outros 500. O rei Sabotage são outros 500.
    Não venha desmerecer a garra de quem batalha a cada dia desde que nasceu.
    Nem todo mundo no Brasil faz 3 refeições por dia, tem pai, tem mãe, na infância frequenta escola de qualidade, ganha mesada, brinquedo no natal, chocolate na pascoa e depois faz faculdade, estagio e Work Experience.
    Prezado jornalista, não desacredite do povo.
    Você não tem noção de quantos jovens espalhados pelas periferias do Brasil estão de alguma forma se espelhando e se inspirando na história de vida e no trabalho do Criolo; correndo atrás de conhecimento, de cultura, lendo, escrevendo, trocando idéias de verdade.
    E a sorte também é sua, pois tem cara de que se caga todo num assalto com um viciado e uma quadrada engatilhada na cara.
    Deus te abençoe! Você é jornalista e tem o poder de somar nas mãos.

    Guilherme Junqueira. Apreciador de música e de pessoas.

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  34. Desculpe, Guilherme, mas o que esse lado 'social' tem a ver com a discussão. A questão, na minha opinião, é clara: é direito das pessoas darem a sua opinião indepentende de qualquer outra coisa. Acho que o José Flávio Jr. não desmereceu ninguém, ele disse o que pensava mesmo. E, pelo que sei, é justamente isso que anda faltando na crítica de música independente no Brasil.

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  35. Cheguei aqui por um twit recente do Ganja e li a discussão.
    Me lembrei na hora de "Ratatouille", uma das melhores animações que vi com meu filho, Gabriel. O vilão é um crítico gastronômico, que no final do filme faz uma bela reflexão sobre o papel dos críticos. O trecho que gosto, mal traduzido, é esse:
    "...De certa forma o trabalho de um crítico é fácil. Arriscamos muito pouco. Gozamos de uma situação privilegiada à daqueles que oferecem seu trabalho ao nosso julgamento. Vibramos com críticas negativas, que são fáceis de escrever e ler. Mas há uma amarga verdade que nós críticos devemos enfrentar... um pequeno pedaço de lixo tem mais significado que nossas críticas, todas juntas. Só há um momento em que um crítico arrisca algo. É na descoberta e na defesa de algo novo."
    Vejam a cena aqui: http://www.youtube.com/watch?v=aPfN_zYKxNQ&feature=related

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  36. milena, eu vejo um problema potencial nessa tua declaração; "além do mais, alex, responsabilidade não tira folga nem na mesa de bar". num sentido geral está correto: cada um deve se responsabilizar pelo que diz, seja onde disser. mas é óbvio que eu posso selecionar diferentes modos de dizer (ou mesmo dizer ou não) as coisas dependendo da liturgia do ambiente onde eu estiver. se eu estiver numa defesa de tese numa facu, provavelmente não vou causar. mas, por exemplo, no meu romance, eu meto um personagem com meu nome que diz coisas no limite do constrangedor. é porque "eu acho exatamente" o que está sendo declarado pelo personagem? não necessariamente. pode ser uma estratégia caricatural - do mesmo jeito que eu escolhi uma foto minha escrota, e não a mais bonita, para a contracapa. tudo que eu aprendi com meus heróis contraculturais (burroughs, leary, gainsbourg, miles, polanski etc) é que um pouco de autoexposição dúbia é uma estratégia possível. mesmo no hip hop americano (e de acordo com a ética protestante do que com a católica) tem muita incorreção e truculência - sem que isso invalide o impacto e a relevância social do trabalho. eu entendo a posição do ganja. mas ela também pode atiçar uma busca de blindagem que NÃO é coerente com a trajetória do artista que bota a cara pra bater. então, não vou falar como jornalista, mas como artista que acredita na dubiedade, na incorreção, na confusão e no paradoxo como estratégias de comunicação! ok?

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  37. (e mais de acordo com a ética protestante do que com a católica)

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  38. Sobre o comentário cretino, do jagunço "pseudo-jornalista", referente ao nome CRIOLO...
    No dicionario:
    crioulo
    (criar + -olo)
    s. m.
    1. Descendente de europeus nascido na América.
    2. Negro nascido no Brasil.

    Vinte anos no Rap...O Zé Flavio não sabe o que é isso.
    No Brasil, ninguem pode se dar bem, tem que sofrer pra ser o rap verdadeiro, neh nao? Se for, acho que já rolou muito sofrimento nesses 20 anos.
    Agora é a hora do estouro! E é nessas horas que aparecem sintomas de dor no cotovelo



    Somos todos Criolo!
    Welcome to Braza!


    "Aqui 'ze flavio' não vai pro céu"

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  39. Criolo fazendo exigência? Ahhh conta outra seu ARROMBADO! Ja vi que de MUSICA você não entende nada seu leproso morfético.
    O pior de tudo que antes de voce falar esse monte de merda ninguem aqui tinha ouvido falar seu nome entao isso mostra voce querendo aparecer na calda do cometa. VAI SE FODER ARROMBADO.
    VIVA GANJA, VIVA MARCELO CABRAL.

    VIVA CRIOLO BUARQUE DE ANGOLA, GRAJAU, ZONA SUL.

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  40. VMB 2011, merecido Criolo! Ganja merecido cara!

    Sinceramente, uma palavra para distorcer o resultado do disco "Nó na Orelha", é somente épico.

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  41. "da-perifa-mas-com-traços-árabes-pau-grande-e-ser-melzinho-do-Caetano"

    Pau grande?? Será que todo esse ódio é porque o Flávio fica imaginando que o Criolo tem pau grande, enquanto ele, gordinho, não consegue ver o próprio?

    Fica a pergunta no ar.

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  42. Na última quinta-feira, mesmo que parecendo tudo um pouco artificial, o Rap e todo o Movimento Hip Hop mostrou mais uma vez a sua força. Tivemos o prazer de presenciar mais uma vitória. Gente que trampa e ama de verdade a sua música foi, merecidamente, reverenciada. Essa guerra não começou agora, já é bem antiga, e a cada dia que passa (mesmo que sem necessidade disto) provamos que o Rap é música, o Grafite é arte visual e o Break é uma dança. Nem melhor ou pior que qualquer outro tipo de manifestação artística, apenas queremos respeito e o reconhecimento merecido. Queremos o respeito de instrumentistas, cantores, compositores, arranjadores, enfim de toda a classe de músicos, que teimam em julgar os toca-discos apenas como reprodutores de discos, não aceitando o fato de que é um instrumento musical. Queremos respeito pela nossa poesia e nosso modo verborrágico de proclamá-la em cima de nossos beats que programamos ou sampleamos. Cada um de acordo com sua referência e reverência aos mestres e nossas raízes. Também somos músicos; o fato de não entender a nossa engenharia, nosso modus operandi, não permite que você menospreze nossa arte! Estamos por todo o mundo. O Hip Hop é um fenômeno que sobrevive em todos os guetos, subúrbios, favelas e quebradas do planeta. Invade as casas das "famílias de respeito" via rádio, tv e internet. Seus filhos querem ser como nós somos. Querem falar gírias e usar roupas largas. Querem ser negros!
    Parabéns Criolo e Emicida. Ontem todos nós nos sentimos parte de vocês e também vencedores dessa batalha.
    É nóis que tá!

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  43. Pra julgar tem altos, mas pra fazer melhor até agora não vi ninguém.Falador passa mal rapaz, falador passa mal.

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  44. como diz o próprio Criolo, Senhores do orgulho, abutres comerão suas tripas no entulho.

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  45. Daniel e pessoas!
    Lendo o post e as declarações me pareceu claro duas coisas: jornalistas / formadores de opinião a) não têm limites e b) (ironicamente) não sabem lidar com a crítica.
    O Alex reclamou sobre falta de contexto e piada. Penso que são reclamações totalmente compreensíveis, mas que eventos recentes nas mídias mostram que piada escrita -- mesmo entre amigos -- podem não funcionar e não mostram a real opinião da pessoa. Enfim, não sejamos mais inocentes na internet.
    Acho que num país tão faminto de divulgação cultural é até vergonhoso que haja uma quantidade de críticos que publicam comentários tão depreciativos. A crítica séria, que aponte problemas, seja coerente e tenha argumentos é o mínimo que se espera. Não se quer elogios, mas um crítico não pode depreciar sem motivos. O crítico / formador de opinião profissionais têm uma função muito importante: explicar por que um álbum ou show não está bom e por que está; fora disso, é irresponsabilidade. Se não gostam do Criolo, do Zé da Folha ou do Forroçacana, ok: mas expliquem motivos claros, ainda que a arte seja tangível de subjetividade. A arte é completamente subjetiva, mas a pessoa que procura notícia ou vai no FB ver os comentários da BIZZ (mesmo os abertos) não quer ver ranço e gosto injustificado. Por isso, esse grande boteco que é a internet exige responsabilidade de quem fala, tem peso e isso aqui é quase sempre vida pública, não é vida privada. O legal da internet, por outro lado, é que ajuda a divulgar ideias e, com isso, críticos e formadores de opinião sentem o "bafo na nuca" da responsabilidade do que dizem. Um exemplo da falta de preparo de críticos está no próprio álbum do Criolo. Quando fui procurar a "crítica especializada" sobre o disco, encontrei muitas coisas desencontradas -- ok, é uma obra de arte e pode ter várias facetas -- mas NENHUMA comenta as letras recheadas de citações sobre a destruição que as drogas causam, tema recorrente e visto de várias formas nas letras do Criolo. A música precisa melhorar? Sim, acho que sim. Mas a crítica especializada está cada vez mais medíocre e esse post só contribuiu com exemplos.

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  46. Isso é inveja. Até que enfim uma voz com uma mensagem útil está sendo escutada e executada.
    Criolo Doido pra mim é o grupo. Parabéns Criolo Doido - Ganjaman,K Gomes, M Cabral, T França, C Sena,G Held, metais metais e percussões. Ganjaman, a playlist no soundcloud tá massa em ! http://soundcloud.com/danielganjaman/rockers-control-instituto-curumin

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  47. Ao meu ver, a história é uma: Ao invés de se avaliar o trabalho, avalia-se todas as regiões periféricas a ele, como se fossem as mais importantes. O trabalho fica taxado de ruim, e o gosto é o único critério, se é bom ou ruim, maniqueismo puro. Em geral, não há crítica, mas resenhas jornalísiticas, Estes que ocupam o lugar de críticos hoje estão colocando o passado desta profissão em maus lençois. A preocupação é que a crítica escreve a história, e esta história esta sendo escrita de forma extremamente pessoal e mesquinha, a partir de relações pessoais mal resolvidas. A justa distância é necessária, para que se possa distinguir obra e artista, ja que muitas vezes geram opiniões diversas. Bretch por exemplo, tirava faísca do meio intelectual da época, mas era um sucesso, e é até hoje figura "contemporanea". Mas quando leio sua biografia, e vejo seu comportamento em relação as mulheres e a sua vida, tenho compaixão e enorme desaprovação desta figura, que me dá nojo. Mas a obra dele é genial. E Então? o que ficou foram suas obras, e as críticas ninguem mais se lembra, ou seja, tiveram pouca relevância em relaçao a potência do trabalho. Este é o fato.
    Me parece que o Ganja quer exigir um comportamento mais sério sobre esta escrita que está em uma posição de baixo nível, visto o empedimento das relações pessoais. E me parece que agora estes músicos vivem um momento próspero, e exigem que esta escrita possa acompanha-los no mesmo patamar. Agora, no meio desse diz-que-me-diz-que, o que é que fica? quem faz a história? Uma parte fica, a outra se apaga, e infelizmente, nao há críticos interessantes interessados no debate.

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  48. José Flávio Junior, além de falar muita merda, é racista. E simpatizante da caserna. FATO.
    Acabei de ver um post naquele grupinho safado em que ele defende a atitude do policial que escolheu no meio de um monte de gente, um negro para agredir.
    ele disse coisas como "tem mais é que meter a porrada mesmo". se referiu ao estudante como "suposto estudante", "vagabundo rastafari que desrespeitou a autoridade", entre mais muitas coisas que tenho até vergonha, asco, e me dão vontade de socar a cara desse filho de uma puta.
    O post está lá, pra quem quiser ver.
    Acho importante que se fale desse safado do jeito que ele é, pois há muita gente "respeitável" que o respeita sem saber do babaca, racista e mau caráter que ele é

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  49. Égua, que absurdo! Fiquei muito chateada com todos os comentários, em especial o último ''Será que as pessoas um dia vão entender que tecnobrega não é para ser levado a sério?'' Porque eu sou Paraense, e aqui isso faz parte da nossa cultura.
    Desde o dia em que eu ouvi/vi/li Criolo, minha cabeça fez um nó do avesso e ao juntar com outros conhecimentos pude entender, compreender e continuar vendo vida de uma outra forma. Ele me fez lembrar de que eu não posso voltar pra minha zona de conforto. E eu tenho muito orgulho de ver ele fazendo sucesso (que também é sucesso da pessoas que acreditaram/acreditam nele).
    O bem sobrepuja o mau! Então, que venham mais pessoas com a veia independente dispostas a fazer arte, e torço para que o resto não se afogue em seu próprio aquário.

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  50. Recebi no feeds de notícias uma postagem que fala da música inédita do sabotage e resolvi ouvir...!
    Mesmo terminando uns arranjos feito pelo Pita Araujo e terminando um disco inicializado em 2002 não tem risco de fazer igual o trampo de ninguém. Achei da hora, Sabotage fez mesmo a diferença e tals mas, o que chamo a atenção foi que o video está no youtube e logo a baixo está o comentário sobre a música e que tinha sido postada neste blog do Ganjaman.
    E li também tudo que está aqui postado i acho que eu posso deixar uma idéia aqui também!!!
    É o seguinte, esse tipo de coisa que foi escrita eu particularmente... nem vou falar sobre racismo.
    Sei da minha origem e lugar, já cantei em palcos há muitos anos atraz e lembro pouco do Criolo naquela época. Tô a 15 anos fazendo essa parada como mc/produtor e letrista e sempre teve o negativo, os olhares, a postura refente ao RAP Nacional. Quem é do movimento sempre o pronunciou assim.
    Que hoje estão falando dessa forma do Criolo, antes do Sabotage, SNJ, XIS, Ndee Naldinho, Mv Bill, Gabriel Penssador e por aí vai.
    Mas, ta confirmado que não precisamos aprovação de ninguém e ainda estamos vivos.
    Só quero deixar bem claro, que quando um ou dois de nóz chegar-mos, é que tivemos competência, sorte, e o mais importante..OPORTUNIDADE!
    Agora.. júlio Medáglia não está e nunca esteve sozinho.... e nós, militantes, combatentes, vagabundos ou não, pretos, negros e brancos que fazemos o RAP Nacional, a gente já sabia disso faz tempo!!!
    Quero é ver... por a cara pra bater.. e mesmo sem gravadora a gente sabe qual é o motivo de tudo isso.... nénão!!!
    Só que assim, não é legal mudar de postura e isso infelizmente é o que acontece, talvez pela série de oportunidades... somos rappers e somos fâns também, tudo isso contribui para o rapper si perder nesse caminho.
    Sobre os julgamentos, e o que uma minoria fala (são formadores de opnião), não agrega e nem desagrega... porquê a nossa voz chega em qualquer lugar e a deles...rs (dexa qto).
    Só achei importante dexar essa idéia aqui... e olha só, adquirimos espaço até nas redes sociais.... kkkk Valew!!!

    Salve tio....
    Poetas Mcs

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  51. Quase 4 anos e meio depois, Criolo e Ganja estão ai, trabalhando muito e contribuindo para a musica brasileira. Chupa coxinhas! a arte venceu!

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